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Biblioteca Estelaris - Estudos e Textos

Público·2 membros

Linha do tempo: Achados escritos históricos da Deusa Hekate

🕯️ Linha do Tempo dos Registros Escritos sobre Hekate

 

c. 700 a.C. – Primeira menção literária: Hesíodo, Teogonia (versos 411–452)

Origem: Beócia, Grécia Arcaica.

Este é o primeiro registro escrito conhecido sobre Hekate. Hesíodo descreve a deusa como filha dos Titãs Perses e Asteria, uma divindade que recebeu de Zeus honras acima das demais, com domínio sobre o céu, o mar e a terra. O trecho mostra que Hekate já era cultuada antes da organização olímpica do panteão, uma deusa independente e primitiva, de provável origem anatólica.

Fonte: Hesíodo, Teogonia 411–452; Burkert (1985).


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Bibliografia sobre Hekate: das fontes antigas às abordagens contemporâneas

O estudo e o culto de Hekate atravessam mais de vinte e cinco séculos, desde os primeiros registros literários da Grécia arcaica até o renascimento contemporâneo da deusa como símbolo de sabedoria, transformação e soberania liminar. A seguir está uma bibliografia abrangente, dividida entre fontes antigas, obras acadêmicas e livros modernos e devocionais. A seleção busca equilibrar rigor histórico e relevância espiritual, oferecendo caminhos tanto para o estudo acadêmico quanto para a prática pessoal.

Fontes antigas e clássicas

Hesíodo – Teogonia

Primeira menção sistemática a Hekate.Hesíodo descreve uma deusa honrada por Zeus acima de todas, com poder sobre o céu, a terra e o mar.É o ponto de partida para compreender sua natureza tríplice e seu estatuto titânico.

Hinos Órficos

Contém o Hino a Hekate e aos Deuses da Encruzilhada, uma das orações mais antigas dedicadas à deusa.Ela é invocada como portadora da chama, guardiã das portas e senhora dos espíritos.O texto tem…

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A maldade da escuridão? O ventre do universo e o equívoco humano diante do invisível

A ideia de que a escuridão é sinônimo de maldade é uma das mais persistentes deformações simbólicas do pensamento humano.


Ela não nasceu com os deuses, nasceu com o medo.


O medo daquilo que não pode ser visto, previsto ou controlado. A luz, para o homem, sempre representou o domínio do conhecido, do ordenado, do que está sob vigilância; a sombra, em contraste, tornou-se o território do indomado, do feminino, do intuitivo, do mistério.


Com o tempo, essa distinção deixou de ser apenas cosmológica e se transformou em moral. A noite foi convertida em metáfora do mal.

Contudo, o universo e a própria história da espiritualidade humana não sustentam essa leitura.


O universo é escuro


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Ofertas e associações a Hekate

“Hekate, de muitos nomes, que portas guarda, que trilhas abre, que caminha entre noite e chama.

Aceita o fumo que sobe, o pão que parte, o nome que te chama.”

(Fragmento inspirado no PGM IV, 2520-2550 e Hino Órfico a Hekate)

Há nomes que ecoam entre mundos, e Hekate é um deles. Senhora das Encruzilhadas, das sombras que caminham sob a lua nova, dos sussurros entre o nascimento e a morte. Suas oferendas atravessaram o tempo, vindas de papiros queimados, de templos esquecidos, de mãos que ainda hoje acendem uma vela em silêncio. Entre fumaça, pão e escuridão, o culto de Hekate é uma ponte entre o que foi e o que nunca deixa de ser.


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